quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

DON JUSTO GALLEGO E A CATEDRAL


Por acaso, acabei de ver na Internet (e como a Internet nos proporciona informações fascinantes!) que um homem, sozinho, constrói... uma catedral na Espanha! O nome dele é Justo Gallego. Tem mais de oitenta anos de idade e trabalha na construção há quarenta anos!


Não consegui deixar de pensar que cada um de nós é um pouco um Justo Gallego, com a sua própria catedral, na qual trabalha durante toda a vida.
É claro que a minha catedral é bem menos monumental do que a do Don Justo.
Por muito tempo trabalhei nas estruturas, com o objetivo de ser um homem de bem, um bom pai e um profissional correto. A fundação há muito está concluída e – pelo menos, é o que me dizem – é sólida.
Dia a dia assentei um tijolo da minha profissão, para fazer paredes firmes que pudessem me auxiliar a resolver, da melhor forma possível, os problemas das pessoas. Muitas dessas paredes ainda estão sendo levantadas, mas as que já fiz, de acordo com os críticos, estão em conformidade com o projeto e foram bem realizadas.
O acabamento é a parte principal. Parte sem fim. Trabalho incessantemente para conseguir ter uma vida feliz, ao lado de minha mulher, meus filhos, parentes e amigos. Esse o melhor acabamento de qualquer obra da espécie da minha.
Ah! Quanto às viagens de moto, elas não podem ser chamadas de catedrais. São mais umas pequenas capelas, prazerosas de construir. Têm sido obras coletivas. Feitas a oito mãos. As minhas, as da Ju, as do Otávio e as da Inha.
O gostoso das capelas é que se levanta a obra rapidamente e logo já se tem uma visão do todo. A de Ushuaia, por exemplo, ficou bem bonita.
Agora, começaremos a construir a do Atacama. Todo o material já está preparado. Só faltam três dias para o início das obras. Nessa, o Zé Mauro, meu irmão, a Su, o Pedro e a Amanda também vão trabalhar. Eles estarão conosco de L 200. Vai ser bom ter uma camionete à disposição para levar algumas coisas, como um pneu, um galão de gasolina (só para garantir) e o tripé da máquina – que da outra vez foi passear em Ushuaia, porque o encaixe da máquina ficou em casa... É bom dizer que a melhor coisa, evidentemente, não é o maior espaço que a camionete proporciona, mas o prazer de ter a companhia deles na realização da obra. A companhia deles e a dos amigos, à distância, que acompanham o blog e deixam mensagens que tornam tudo mais agradável.
Ah! Pelo óbvio, as fotos que incorporei ao texto são de Don Justo e de sua catedral.
Abreijos. Toni. 30 de dezembro de 2010. De Monte Verde.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Preparando o uniforme

Então, agora vou começar a escrever de novo no blog. Primeiramente, gostaria de desmentir a inverdade do Otávio a respeito de todo mundo conectado na Internet alheia. ELES ESTAVAM CONECTADOS. Eu estava usando a minha Internet por pen-drive. Dito isso, no dia de Natal, oito dias antes da partida, preparei o uniforme. O dia inteiro. Costurando as bandeirinhas e demais adesivos (adesivos? não me veio outra palavra...) na jaqueta e na calça.



Um agradecimento especial para a D. Ana, a minha sogra que apiedada com o números de "ais" (pelas espetadas com agulha) e preocupada com a quantidade de palavrões, resolveu me ajudar e em cinco minutos fez melhor o que eu demorei para fazer pior em cinco horas. Saber como, é tudo! Mas ficou estiloso!! Abreijos. Toni.