quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

COLONIA DEL SACRAMENTO

COLÔNIA DEL SACRAMENTO
Meio-dia e meia do último dia de 2009, aportamos em Colônia, depois de cento e oitenta km de estrada excelente, quase toda pista dupla e sem qualquer movimento. Era só a gente na estrada e uns poucos carros e ônibus que nos olhavam com curiosidade. Houve muitos acenos. Simpáticos uruguaios.
Colônia é onde nasce o Rio da Plata. Cidade defronte a Buenos Aires. Cidade colonizada por portugueses. O centro histórico é muito bonito, parecido com a nossa Paraty.
O hotel, escolhido especialmente para o Ano Novo, é um caso à parte. O Radisson, com um quarto enorme e uma piscina de borda infinita que dá para o rio. Lugar privilegiado. Mas nós merecemos! Pena que é só por um dia, porque amanhã partimos para Buenos Aires. De buque. Um barcão que faz a travessia entre as cidades em uma hora. Barco rápido porque a largura do rio aqui é de cinqüenta km. Menos do que em Montevideo que é de cem km. Esse rio está mais pra mar...

p.s. As fotos vão depois porque o computador refugou-as e está acabando a bateria...

MONTEVIDEO II

MONTEVIDEO II
A cidade é realmente muito agradável. Meio européia, com os plátanos por toda a parte, formando túneis nas ruas. Cidade tranqüila, ao ponto do edifício da presidência disputar espaço com outros prédios comerciais. Coisa inimaginável no Brasil. Cidade boa para se passear e para comer. Come-se bem no mercado do porto, apinhado de restaurantes, onde “traçamos” uma parrilla. Escrevi meio européia porque está um pouco largada. Tinha tudo para ser um “brinco”... mas não é. Muita sujeira nas ruas. Pelo que se vê nas calçadas, a população de cachorros deve ser maior do que a de pessoas... Nem sei como nossos sapatos conseguiram sair ilesos! Mas tudo byen! Os “pecaditos” são superados em muito pelo que a cidade tem de bom. Aliás, bom mesmo é caminhar pela Rambla à beira do Rio da Plata, logo pela manhã. O que fizemos hoje, antes de virmos para Colônia.

postando do cel em Colonia del Sacramento

Colonia eh uma cidade linda. Lembra Parati. O hotel Radisson fica na beira, mesmo peh na agua, no rio da prata. A vista eh de tirar o folego. Andamos pela cidade durante a tarde e agora to sentada na beira da piscina q tem faz borda infinita com o rio da plata. A gente merece um hotelzao de vez em quando. Nao q ficar no Ibis seja ruim. O importante eh viajar. Mas hotelzao eh hotelzao! A viagem foi tranquila. As estrdas aqui sao dez. Vamos ceiar aqui no hotel. Feliz ano novo!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

em Montevideo



Estou sentada no quarto do hotel em Montevideo.
Da janela, vejo o sol batendo sobre o Rio da Plata. A paisagem se completa por bonitas palmeiras que compõem a orla da Rambla.
Hoje, encaramos um city tour e depois fomos almoçar uma Parrila no mercado do Porto. Após, um passeio pelas ruas da cidade antiga e voltamos caminhando até o Hotel. O pessoal está cansadinho...
Montevideo é uma cidade muito interessante. Mas não de fácil definição. Se é por um lado bem européia, de certeza, de outro não esconde um certo abandono.
Não sei dizer se é da época do ano ou não, a cidade não está cheia. Apesar de, claro, as ruas do centro serem cheias de pessoas andando, basta virar uma rua para andar-se tranquilamente sem ninguém.
Estranho. Mas gostei muito da cidade.
O rio é um espetáculo a parte. A vista do hotel é realmente privilegiada. Agora, se eu conseguir acordar todo mundo vamos passear no shopping. EHHHHHEEhhh

Postado por Juju.
Ps necessários:
Ana Lulu: também estamos com saudade. Não estamos ligando porque o cel não funciona aqui.
Mas também estamos com saudade e pensando em vc o tempo todo! Delícia ler seus recados.
Marlene e Maurilia: Terra Nostra II foi de matar heim!!!!!!!!! Eu falei para AM não por aquela foto!!!! Meu cabelo tá UOHHH mesmo! e eu tinha acabado de descer na moto!! kkk
Alexandre: adorei sua colocação sobre a amizade! Por certo andamos juntos em nossos corações, vivendo as grandes aventuras! Lerei sim o seu blog tb!!!
E a TODOS vocês que nos acompanham, está sendo uma GRANDE AVENTURA! beijos

O ALEXANDRE CORREIA


O ALEXANDRE CORREIA

O Alexandre Correia é um português muito do descolado que eu e a Ju tivemos o prazer de conhecer. Ele e o não menos descolado irmão André têm uma revista 4 x 4 bárbara em Portugal (“Todo Terreno”). Eles já fizeram inclusive o rallye Paris-Dakar e vivem viajando pelo mundo, para levarem ao grande número de leitores que têm lá na Terra Mãe as emoções das viagens de aventura. Foi assim que nós nos conhecemos, em uma viagem que fizemos para a Serra do Rio do Rastro. Pois... o Alexandre postou um comentário tão atencioso, tão legal e com tantas dicas, que eu fiz questão de colocar na página principal do blog para que todos leiam. No mais, um recado pessoal: Alexandre meu chapa, foi um prazer conhecê-lo – bem como ao André – naquela cavalgada noturna num frio esperto da serra catarinense, que terminou num churrasco ao pé do fogo na Serra do Rio do Rastro! Eu e a Ju nunca nos esquecemos do bom papo que tivemos! E ainda vamos nos encontrar em uma tasca em Lisboa, para uns copos!! Grande abraço e, por favor, continue nos acompanhando!!!! Ah! O texto:

Olá Toni!Conhecemo-nos o ano passado na Serra do Rio do Rastro, quando nós estavamos a fazer uma reportagem sobre o Estado de Santa Catarina para a nossa revista em Portugal. Foi um prazer ter-vos conhecido e só tenho pena de não nos encontrarmos em Buenos Aires, ou no Chile, ou a atravessar os Andes. Acabei de chegar da Argentina e do Chile, onde fiz um itinerário de mais de 6000 quilómetros (com direito a 1 desses selos CDF, porque mesmo num 4x4 como o Kia Sorento não há coxis que aguente...), atravessando por duas vezes a cordilheira andina. Cruzei-me nos Andes com alguns motards, quase todos em BMW (!) e alguns brasileiros. Esta foi a minha sexta viagem na Argentina e a terceira que fui ao Chile, mas nunca fui realmente para o sul em nenhum destes países. Portanto, claro que vou seguir com ainda mais atenção a vossa viagem, para ver o que aprendo até à oportunidade de ir fazer o mesmo ao volante de um 4x4. Bem, o que gostaria mesmo era fazer toda a Panamericana, desde o Alaska à Terra do Fogo! Mas como há que ser pouco guloso a pedir, o próximo projecto aí na América do Sul será voar de novo para Buenos Aires, pegar num 4x4 e subir pelo Uruguai, passar pelo Brasil, entrar no Paraguay (para quê?...), passar para o sul da Bolívia, entrar no norte do Chile (agora estivemos mesmo lá, com um pé em cada país...) e só então atravessar os Andes para o regresso à Argentina. Quando formos, avisamos, para o caso de nos cruzarmos. E quanto à vossa rota, se quiserem por um pouco de aventura, depois de Santiago sigam para norte pelo Chile, até Copiapó e depois atravessem os Andes para a Argentina pelo Paso de San Francisco (sobe quase a 4800 m.a.); do lado chileno é uma pista de terra linda e com bom piso, enquanto do lado argentino, a descer até Fiambalá, é uma boa estrada de asfalto. Mantemo-nos em contacto! Boa viagem, muita aventura. Abraço e um beijo para a Ju, Alexandre Correia.”

MONTEVIDEO


MONTEVIDEO

Mais cento e tantos quilômetros, Montevideo. Estrada excelente, pista dupla. A viagem, hoje, não foi viagem – apesar dos trezentos e sessenta km no total. Foi um passeio. Pegamos chuva, mas sem problemas. Um pouco mais complicado foi entrar na cidade por volta de 17:00h, bem na hora do “rush”. E apesar de Montevideo ser uma cidade tranqüila, o trânsito pegou. Digno de nota foi um raio que caiu quando passávamos bem pelo centro. Houve um estrondo que assustou todo mundo, pedestres e motoristas. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos... O hotel é um Íbis na beira do rio da Plata, que de rio não tem nada. É um mar. A vista do hotel é especial. A parede envidraçada escancara toda a beleza da orla “marítima” de Montevideo, que se apresenta como uma cidade “muy agreable!” Se não estiver certo, corrijam-me.

PUNTA DEL ESTE



PUNTA DEL ESTE

Saímos de Chuí por volta de 9h40m. A aduana foi super rápida e sem qualquer problema. Depois de duzentos e poucos quilômetros chegamos a Punta Del Este, por volta de meio-dia. Um Guarujá mais arrumado e com menos movimento – com o perdão dos adoradores de Punta. Em verdade, isso é um elogio. A cidade, apesar de extremamente turística, é muito agradável e aparentemente tranqüila. Deu para estacionar perto dos lugares mais turísticos, sem qualquer esforço - como, por exemplo, ao lado da escultura da mão enterrada na areia. No mais, tivemos um almoço “exquisito” em um restaurante à beira-mar – “Las Ostras”. Com direito à aparição de um bando de lobos-marinhos. Imaginem a temperatura da água! Bacana também foi encontrar estacionada no lugar mais chique a moto da foto. Poderosa!!!! Quero ver ir pra Ushuaia com ela...

URUGUAY


URUGUAY

Entramos no Uruguai. Aduana super tranqüila. Estrada super tranqüila, bem asfaltada, com pouco movimento. Grandes retas – amostra grátis do que nos espera na Patagônia. Muitos motoristas que nos cumprimentam, como se vivessem conosco a nossa viagem! A sensação é ótima. A polícia nos parou para verificação de rotina. Primeira vez em quase dois mil km. O policial foi muito respeitoso e nos desejou boa viagem. Nem de perto qualquer menção sobre dar um trocado para a cervejinha... Parece que na Terra de Maradona isso acontece... Por fim, de curioso foi passarmos por dois aventureiros solitários, viajando de bicicleta!

CHUÍ - CHUY


CHUÍ – CHUY

É muito louca esta tal de fronteira seca. Uma avenida com um canteiro central, como qualquer outra avenida. Só que de um lado é Brasil. Do outro, Uruguai. Uma é Chuí. A outra, Chuy. Mas se trata da mesma cidade... Na foto, o Otávio está no Brasil. Eu, no Uruguay.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

indo para Punta

E com o cabelo ruim. Ninguém merece! rsrs

postado por Juju (não é óbvio?)

TIRO CURTO



TIRO CURTO

O avião da Inha atrasou. Por isso, saímos de Porto Alegre exatamente à uma da tarde. E chegamos sete e meia em Chuí, o Sul do Sul do Brasil. 510 km. Tranqüilos. Um tiro curto, principalmente por causa das retas enormes entre Rio Grande e Chuí. E com direito à passagem por uma reserva ecológica espetacular: a reserva do Taim. Um banhado que lembra o Pantanal, cheio de aves e animais! Agora, vamos jantar. Amanhã, Uruguay. Punta Del Este e Montevideo. Ah! Vejam só o posto onde abastecemos. Na estrada simplesmente não há muitas opções. Por isso mesmo, passa muita moto por ali. O vidro estava cheio de adesivos! Retificação: o Otávio abasteceu; eu, não. Não tive coragem. Depois do abastecimento, a V-Strom voltou a tossir. Comentário do Otávio: “Se o posto é assim, imagine a m... da gasolina!”

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MEIAS


ÀS MINHAS MEIAS

Emocionado, presto homenagem às minhas meias. Únicas até agora, lavadas todos os dias, elas me acompanharam sem reclamar ao longo desta jornada, passando calor, umidade, odores, enfim, tudo aquilo que uma meia passa por ficar dez horas dentro de uma bota fechada de motociclista. Por fim, emprestando as palavras do poetinha Vinícius, escrevo: “que estas meias singelas sejam eternas enquanto durem...”

A BOLSA E O SECADOR


A BOLSA E O SECADOR – estes companheiros de viagem!

Não queridos e queridas acompanhantes. Não se trata de um post da Ju a respeito do seu imprescindível secador bi-volt portátil e da sua bolsa querida que – snif, snif! – não pode vir passear em Ushuaia. O post é meu – Toni – para fazer a merecida homenagem aos nossos amigos do título. A bolsa é a de gel, que serve para aplicar gelo e calor no cóccix. O secador é o do hotel, que serve para – evidentemente – secar as meias que são lavadas a cada chegada! A eles a minha merecida homenagem!!

NOITE NA CHURRASCARIA, TCHÊ!


À noite em Porto Alegre, na churrascaria, com boleadeiras no cabelo da incauta turista, com gaúchos de bombacha e com uma costela de boi muito da boa, tchê!!! Para comemorar o selo CDF que o Otávio ganhou!!!!

Silviao! Olha só!


Eu já tinha encontrado a Rosana! Já tinha sido muito legal... Olha só quem encontramos no hotel também! Um casal amigos do Silviao! O Mauro e a Marcia! Como eu disse... o mundo tem 500 pessoas e o resto é figurante! E eu vi o Mauro num posto na estrada! Reparei porque a moto dele é igual a do Otávio!! Mundinho pequeno...
Mauro: Um dia seu sonho vai se tornar realidade! Quem sabe todos nós não vamos juntos para Ushuaia! Nós e o Silvião!
Queridos,
Estamos adorando ler todos os recados! Está sendo uma viagem a parte esse blog! Que legal!
Acordamos e estamos esperando a Inha! Mas o aviao dela ainda nao saiu de Londrina!! Coisa do tempo! Entao estamos por aqui... segue o video da chegada do Otávio, ontem. Aliás, ontem teve ainda churrascaria para comemorar! A Rosana foi junto! Foi uma noite muito muito legal. Relembramos o tempo do Colegial. Dos amigos de Rio Claro e de Araras. Dos professores! Foi uma viagem no tempo! ADOREI!

beijos a todos...
Postado por Juju

domingo, 27 de dezembro de 2009

SAIU!!!!!!!!!!!!!! O primeiro selo!!




Otávio chegou!!!!!!!!!!!!!! Rodou 1.005km! Saiu o primeiro selo do C.D.F.


Chegou bem! Melhor do que eu imaginei que ele ia chegar!! Ficamos ansiosos esperando aqui no hotel!


Tem um monte de coisas para contar da viagem de hoje, mas com calma vamos postando... Como por exemplo chegamos em Porto Alegre as 3:15 da tarde e náo tinha uma churrascaria ou um restaurante que nao fosse no Shopping que estivesse aberto! Resultado, nós que chegamos secos para comer um churrasco, acabamos comendo no Outback. Outra reclamaçao geral foi a ausencia de placas pelo caminho e por aí vamos...


AHHHHHHHHH encontrei uma amiga de colegial, a Rosana no lobby do hotel. Fazia mais de 16 anos que eu nao a via! Que coisa! Só comprova minha teoria de que o mundo tem 500 pessoas!


O mais legal é que o pai dela, o Edson, é motociclista! E adora viajar! Aliás, ele vai viajar agora em fevereiro para Montevideo, acompanhado da Rosa - sua mulher, motociclista de primeira!!!! Um verdedeiro CDF o Edson que vai ganhar o selo logo, logo!!!!! Abreijos da Ju.




O CÓCIX...


O cóccix é um ossinho que fica beeemmm no fim da espinha. E que a gente nem presta atenção nele, salvo quando ele reclama. E ele reclama ou quando quebra, ou quando inflama em volta. Pois bem, o meu cóccix inflamou, por causa de batida no banco do barco, em uma pescaria (história ruim essa, heim... Quem não conhece a piada do toco?!). Graças ao grande Dr. Rodolfo, meu ortopedista (que, espero, esteja acompanhando a gente), consegui que o problema fosse resolvidoo. No entanto, ontem, depois dos 841 km, o cóccix reclamou. Resultado: gelo no local, pomada e um anti-inflamatório goela abaixo. Um Arcóxia pra não ter conversa! Além de dormir de ladinho! E hoje acordei bão. Bão, agora a gente vai pegar a estrada até Porto alegre. Um tirinho de menos de 400 km, viu cóccix!? Fique tranquilo!!!

LOGO CEDO, PÉ NA ESTRADA!!!


"Oquinho pontualmente saiu às 6h e, por coincidência, o avião que vou amanhã, exatamente neste horário, está passando aqui em cima da nossa casa...

Vamos nos falando...

Bom dia pra vocês e boa viagem...

Ju: me copia em alguma mensaginha para eu ter notícias!

Beijo enorme... Já chego...

Inha."

Ou seja, o Otávio também já está com as rodas na estrada!!! Boa viagem, meu irmão. A gente se encontra em Porto Alegre, Tchau!!!


Ah! Já recebemos uma msg do Otávio na estrada! É a seguinte: "Brigaduuuu (nota: da boa viagem que desejamos pra ele...). Tem muito carro na estrada. Tempo nublado e um pouco de neblina. Andei 165km. Abjs."

sábado, 26 de dezembro de 2009

Em Lages/SC


Uma noite prá lá de agradável em Lages, atendidos pelo simpático Ivan. Comemos um delicioso Hackepeter, acompanhado de alguns choppinhos. Agora caminha vai bem...

Primeira parte cumprida, e bem cumprida...



Toni e Ju chegaram em Lages/SC. 841 km. É para acabar com qualquer traseiro... Olha só a cara de animada da Ju. Mas o Toni já se achou num restaurante legal...

E vamos que vamos...



A viagem já começou. Pelo menos para o Toni e a Ju que já estão na estrada. Pretendem chegar até Lages/SC (uns 850 km). Pela bagagem que estão levando já estou com dó da Ju pelo tanto de vontade de comprar coisas, mas sem poder levar por falta de espaço. Amanhã vou eu e 2a cedo a Inha (Ana Paula), folgada, de avião até Porto Alegre. Abreijos. Otavio

ready and go!!!!!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


TEMPO E TEMPERATURA

Sábado, 26 de Dezembro de 2009.
Em Campinas – SP: Sol, alternando com pancadas de chuva e possíveis trovoadas. Temperatura: mínima 18º; máxima 33º. Sol nasce às 06h25m e se põe às 19h51m.
Em Londrina – PR: Tempo fechado e chuvoso, com possíveis trovoadas. Temperatura: mínima 21º; máxima 27º. Sol nasce às 6h40m e se põe às 20h08m.
Em Ushuaia – AR: Chuva fraca. Temperatura: mínima 3º; máxima 10º. Sol nasce às 4h55m e se põe às 22h13m.
Conclusão meteorológica: vamos torcer para o tempo melhorar! Ou, pelo menos, não piorar…

É HORA!!!!

São seis horas da manhã. Hora de partir para a Tierra del Fin del Mundo! Hora de fazer uma excelente viagem. Hora de erguer uma prece aos céus e pedir a proteção dos Deuses e de Todos os Santos. Hora de pedir uma vigília especial dos meus queridos pais, onde quer que eles estejam. Hora de curtir muito com a minha amada Ju, com a minha querida Inha e com o meu irmão Otávio. Cara! Será a viagem das nossas vidas! Mas não será a única! Outras virão!!! Alaska, espere nóis!!!!! E pé na estrada que a contagem chegou a zero!!!!!!!!!!!!!!!!!

ta chegando ta chegando...

Bom... ta chegando! Confesso um certo nervosinho. Toni tá lá embaixo arrumando as coisas! Já saímos para calibrar pneu e abastecer a menina. As malas estão praticamente prontas. AH!!! As malas! Ainda vou sentar uma hora e escrever sobre viagens de moto e o drama das malas!
Mas acho que de tanto pensar antes no stress de não caber praticamente nada, eu juro que desencanei. Não sofri. Coloquei o que coube nos compartimentos que me cabiam e seja o que Deus quiser. Se passar frio, compra blusa e larga algo para trás! rsrsrs
Estava agora mesmo tentando achar um site que fizesse cálculo de pedágio para o percurso de amanhã (que para nós será Campinas até Lages). Não achei direito. O site que eu achei não me dava a opção de escolher o veículo utilizado. Essa história de pedágio e moto é um verdadeiro transtorno na vida da pessoa.
Primeiro, aqueles minúsculos espaços com cones para a gente passar, fazendo "cobrinha". Sempre acho que meu pobre joelho irá acertar uma divisória. Isso quando são gratuitos.
Agora, quando os pedágios são pagos....aí é o transtorno geral. Pensa onde tá o dinheiro, arranca a luva, pega o dinheiro, paga, pega o troco, tenta guardar, tenta por a luva que virou do avesso (somente o forro interno) tira o dedinho de dentro do espaço do dedo anular e por aí vai. Realmente, ninguém merece pedágio viajando de moto!
Mas...tudo se dá um jeito. Deixa eu voltar tentar achar quantos pedágios eu irei passar amanhã!

até mais,

postado por JUJU

Desde que o Toni começou a falar sobre essa viagem, ele sempre brincava dizendo: " e quando eu for, vou raspar a cabeça para não dar trabalho!" Confesso que eu tinha uma esperança de que ele não cometeria tal crime.... Porém, como promessa, para mim é dívida, percebendo que ele estava começando a se esquivar do prometido, fiz questão de lembrá-lo.

Eis que, em plena noite de Natal, com uma maquininha emprestada do Samuel, namorado da minha irmã Lu, cometi eu mesma o crime.

Raspei-lhe a cabeça com a máquina no um. O zero, que era o de fato prometido, pensando bem, poderia dar uma "pinicada" com o uso constante do capacete. Vou quebrar essa. Da próxima vez, pense bem antes de inventar moda!!

AH!!! Quase ia me esquecendo: Feliz Natal!!!!! E...... FALTA UM (UM ÚNICO) DIA!

Postado por Juju 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009



A preparação

Uma expedição não é feita só da Estrada – do barulho do motor, do vento no peito, da chuva e da poeira no macacão. Ela começa muito antes. São partes inseparáveis da viagem as (inúmeras) reuniões de planejamento para definição de roteiro, as tomadas de providências etc. Tudo feito com seriedade, mas também por puro divertimento. A nossa viagem para Ushuaia foi preparada e discutida ao longo de cinco meses. Foi como se já estivéssemos em cima das motos, “comendo” o asfalto.

A contagem – a celebração

Uma das coisas mais divertidas da preparação foi a contagem. Por cerca de cento e vinte dias trocamos e-mails diariamente, contando quantos dias faltavam para a partida. Houve até disputa sobre quem contava primeiro. Fizemos, inclusive, uma festa de cem dias antes da viagem, em Avaré, no meio do caminho entre Campinas e Londrina. Na Pousada Villa Porto Vitta – lugar pra lá de agradável! A festa – e a viagem, evidentemente – contou com a presença do Silvião e da Verinha que também foram de moto – uma Varadero linda – desde Campinas. Os dois são os expedicionários que farão falta nesta viagem, mas que futuramente compartilharão conosco outras Estradas. Ah! O Silvião é o presidente do Motoclube de Alphaville Campinas. Já fez cada expedição bacana com a turma de lá!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Por onde vamos


Viagem ao fim do mundo: roteiro aproximado, com datas e locais, e também uma figura de um mapinha bem tosco do trajeto (as bolas verdes e bandeiras foram recursos do programa utilizado e não editados). 13 mil km em 4 semanas.

26/12 - Campinas até Lages/SC (Toni e Juliana);
27/12 - Londrina até Caxias do Sul/RS (Otavio); Lages até Porto Alegre (Toni e Ju);
28/12 - Caxias do Sul até Porto Alegre (Otavio), todos se encontram no aeroporto (a Ana Paula vem de Londrina de avião) e de lá até Chui;
29/12 - Chui a Montevideo, passando por Punta Del Leste;
30/12 - Montevideo;
31/12 - Montevideo a Colonia del Sacramento;
01/01 - Colonia del Sacramento a Buenos Aires;
02/01 - Buenos Aires a Bahia Blanca (ou arredores);
03/01 - Bahia Blanca a Puerto Madryn;
04/01 - Puerto Madryn a Comodoro Rivadavia ou Caleta Olivia
05/01 - Comodoro Rivadavia ou Caleta Olivia a Río Gallegos
06/01 - Río Gallegos a Ushuaia
07/01 - Ushuaia
08/01 - Ushuaia
09/01 - Ushuaia a Río Gallegos
10/01 - Río Gallegos a El Calafate
11/01 - El Calafate
12/01 - El Calafate
13/01 - El Calafate a Caleta Olivia ou Comodoro Rivadavia
14/01 - Caleta Olivia ou Comodoro Rivadavia a Esquel
15/01 - Esquel a Bariloche
16/01 - Bariloche a Osorno/Chile
17/01 - Osorno a Concepcion
18/01 - Concepcion a Santiago
19/01 - Santiago
20/01 - Santiago a Mendoza/Argentina
21/01 - Mendoza a Córdoba
22/01 - Córdoba a Santa Fé
23/01 - Santa Fé a Uruguaina/Brasil
24/01 - Uruguaina a Porto Alegre (Ana Paula embarca de volta à Londrina de avião)
25/01 - Porto Alegre a Curitiba;
26/01 - Curitiba a Campinas (Toni e Ju)/Londrina (Otavio)


"Encapar" a moto


Uma boa dica para quando se faz uma viagem longa é "encapar" a moto com contact. É diferente daquela adesivação bacana que se faz com profissional especializado. Mas é tão útil quanto, muito mais barato e dá mais prazer (porque foi você quem fez....). Fica com um pouco de bolhas (O Otávio disse que a dele ficou mais enrugada que... bom, deixa pra lá!). Só um probleminha: quero ver para tirar. Dizem que com secador de cabelo fica mais fácil. Vamos ver, vamos ver...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

quando você vai viajar... melhor aprender algumas coisinhas...

"Vivendo e aprendendo"... já diz o ditado. Mas especialmente pensando em uma viagem longa como a nossa, é muito importante que se aprenda o máximo possível sobre as motos! Estamos descobrindo que planejamento é tudo! Afinal, essa aventura nem pode ser chamado de viagem, mas sim de expedição!!! Nosso obrigada aos queridos da MBI motors Campinas por todo o auxílio prestado!
Postado por Juju

sábado, 19 de dezembro de 2009

O Otavio e o Toni

O Otavio e o Toni são os donos do blog. São amigos e motociclistas.

Eles se conheceram no segundo ano do ginásio, em Bauru - naquela época ainda era ginásio; só depois é que virou 1º grau. O Otavio, que faz aniversário em Janeiro, já tinha doze anos. O Toni, que é de Maio, ainda tinha onze. Eles ficaram amigos imediatamente. Faziam parte do mesmo grupo dos trabalhos da escola (com mais cinco meninas! Era o máximo!). Começaram a se encontrar também fora da escola, para fazer as coisas que a molecada da época fazia: jogar bola e bets na rua, andar de bicicleta, caçar passarinho e ir atrás das meninas nas brincadeiras dançantes. Tirando o “caçar passarinho” (sem matar; só no alçapão. Naquele tempo, canarinho da terra era como pardal: tinha muito!), mais ou menos o que os meninos de hoje fazem.

O tempo passou, mas a amizade continuou. Varou a adolescência, a faculdade – o Otavio fez Agronomia; O Toni fez Direito – e prosseguiu pela vida adulta.

O Otavio casou e teve uma filha linda: a Luiza. O Toni também casou e também teve um filho lindo: o Alê. Depois, eles descasaram e casaram de novo. O Otavio com a Inha e o Toni com a Ju. O Toni teve mais um filho lindo: em verdade, uma filha, a Ana Luísa. A Luiza conheceu a Ana Luísa com seis meses de idade, em Londrina, aonde o Otavio foi morar. Atualmente, a coisa está assim: a Ana Luísa acabou de fazer onze anos; a Luíza fez dezoito. O Alê, vinte e cinco. E o Otavio e o Toni chegaram aos cinquenta anos em 2009. Uma amizade de quase quarenta anos! Não é mole, não!

As motos

E as motos? Onde entram na história?

O Otavio tem moto faz tempo. Primeiro, foi uma CG 125 e depois uma XL 250 – tremenda moto! Ele fez até rallye de regularidade com a moto. E tem uma foto espetacular dele caindo com a moto, de uma pinguela em um riozinho.

O Otavio continuou, ao longo dos anos, tendo motos e viajando com elas. Ele gosta muito de viajar, de pegar a estrada. Aí, acabou por comprar uma moto realmente boa para fazer isso: uma Suzuki V-Strom 1000 preta. Nervosa! Linda! Uma moto pra viajar no asfalto, mas que também enfrenta bem uma terra. Como quando o Otavio foi com a Inha visitar o cânion Itaimbezinho. Mas isso é outra história

O Toni também gosta muito de pegar a estrada. E também tem moto faz tempo. A primeira foi uma CG-125 quando ele tinha uns vinte anos de idade. Moto rachada com o Zé, irmão mais novo dele. A moto, quem ganhou foi o Seu Dilair, pai deles, em uma rifa da Vila Vicentina de Bauru. O gozado é que o Seu Dilair vendeu mais ou menos vinte e cinco por cento de todos os bilhetes da rifa. E comprou um só. Com ele, ganhou a moto.

A CG acabou ficando com o Zé. Aí, o Toni gostou da idéia e como já estava trabalhando como advogado, juntou as economias e comprou uma CB-400 vermelha. Uma moto lindona, de motor macio! E tome estrada com ela, de Bauru para Campinas, de Campinas para São Paulo. Sem proteção nenhuma. Só com um capacete meia boca amarelo, que pesava uns vinte quilos. E de jeans, jaqueta e luvas de algodão. Mais nada. Naquele tempo não havia outros equipamentos.

Só que o Toni teve um acidente com a moto. Acidente bobo que não machucou muito, mas que assustou. Ele vendeu a moto e depois, sempre que quis comprar outra, acabou vendo outros acidentes – inclusive, socorrendo muita gente –, pelo que foi adiando a idéia.

O Toni não comprou moto, mas não deixou de andar. Nos últimos tempos, andava principalmente em Monte Verde, fazendo umas trilhas com uma XR-200 emprestada do Roberto, um amigo de lá. Muito legais tais trilhas! Uma vez ele, o Guilherme e o Edu (outros amigos de Monte Verde) pegaram uma tremenda de uma chuva nas estradas de terra que rodeiam MV. E quando chegaram do passeio, estavam literalmente cobertos de barro!

Bom, o Toni quebrou a barreira que já durava muito tempo e resolveu se presentear quando completou cinquenta anos. Depois de muito ensaiar, fechou o negócio. Com o incentivo e a ajuda financeira da Ju, ele comprou uma moto feita pra viajar: uma BMW GS 1200 R Adventure.

As viagens

Quando o Otavio fez cinquenta anos, o Toni lhe deu de presente um capacete bacana – um Nau articulado. Disse que era para quando fossem viajar juntos.

O Otavio deu o troco. Foi dele o incentivo final para o Toni comprar a moto. No dia do seu aniversário, o Toni estava em casa quando ouviu barulho de moto. Era o Otavio, chegando com a V-Strom, só pra dar um abraço no amigo. Aí, assim que o Toni comprou a moto, menos de um mês depois, foi para Londrina, retribuir o abraço.

Logo em seguida, em Julho, o Otavio e o Toni, juntamente com a Inha e a Ju, já fizeram uma viagem. Eles se encontraram em Curitiba e de lá foram para Urubici – onde as motos amanheceram cobertas de gelo! Depois, de Urubici para Gramado, via São Joaquim – São José dos Ausentes, em estrada de terra. Aí, de Gramado foram para Florianópolis – numa viagem com temperaturas próximas de zero! – e de lá para a Ilha do Mel, debaixo de muita chuva. Depois subiram a serra até Curitiba, com uma baita duma neblina, de onde cada um foi para o seu lado: O Otavio voltou pra Londrina e o Toni pra Campinas, num giro de mais ou menos três mil quilômetros. Só para treinar.

Só para treinar, por quê? Porque daqui a uma semana, no dia 26 de Dezembro de 2009, eles partirão para Ushuaia – a cidade mais austral, a Tierra del Fin del Mundo! Atualmente, estão em contagem regressiva para o início da viagem, o que fazem por emails. Até se encontraram em Avaré – no meio do caminho entre Londrina e Campinas –, para comemorar os cem dias antes da viagem.

Dois velhos amigos, dois irmãos que gostam de viajar e gostam de moto. E que vão conhecer, junto com as mulheres, a América toda em duas rodas – aos poucos, aos poucos E o que tem o “CDF” a ver com tudo isso?

Nem o Otavio e nem o Toni eram CDF’s, apesar de não terem passado por maiores dificuldades durante o período dos bancos escolares. Os dois, aliás, viraram professores – o Otavio, de “Mecanização Agrícola”, no curso de Agronomia; o Toni, de “Direito Civil”, no curso de Direito. Então, que “catso” é essa história de CDF? Num “blog” de amigos e de viagens de moto?

CDF – TEM TUDO A VER!!!!!

Acontece que o Otavio comentou com o Toni sobre o site americano chamado “Iron Butt” que concede um selo para o motociclista que comprovadamente rodar mil milhas num dia. Mil e seiscentos quilômetros! Precisa ter mesmo um “Iron Butt” pra aguentar. Pra quem não sabe – e ninguém é obrigado a saber, porque aqui no Brasil, nós falamos português –, a tradução literal de “Iron Butt” é Cu de Ferro! Ou seja, CDF!

Então, o Otavio e o Toni resolveram fazer a versão tupiniquim do “Iron Butt”. Ou seja, o “Blog CDF”. E eles também farão um adesivo para os caras colocarem em suas motos. Os caras que comprovadamente rodarem mil quilômetros em um único dia.

Porque mil quilômetros e não mil milhas?

Primeiro, porque nós temos no Brasil o sistema métrico – como já disse o Travolta para o Samuel L. Jackson, no “Pulp Fiction”. Por aqui, ninguém anda mil milhas, mas sim mil quilômetros. Além disso, tem a magia do número redondo – do tipo 1000 km. Não fica meio sem graça fixar uma meta de mil e seiscentos quilômetros? Então.

Mas não é meio moleza andar mil quilômetros, comparando com mil milhas? Acontece, meu chapa, que uma coisa é andar mil milhas naquelas belezuras das estradas americanas. O cara põe na Harley customizada um banco de gel extra-macio – em verdade, nem precisa –, liga o “cruise-control” e vai embora naqueles retões de asfalto perfeito… Assim, até eu de Scooter! Quero ver fazer mil milhas pegando umas estradas que a gente tem por aqui, com buracos, desvios, lombadas, asfalto abrasivo, pintura derrapante, gasolina ruim, motoristas que não respeitam os motociclistas, sol de torrar coquinho… Nessas condições, eles fazem mil milhas lá mais rápido do que a gente faz mil quilômetros aqui. E o que dói a bunda não é a quilometragem – ou milhagem –, mas o tempo que se fica em cima da moto.

É por isso que o Otavio e o Toni concluíram que andar mil quilômetros por dia no Brasil e na America do Sul está danado de bom! E o cara que consegue, merece um adesivo de verdadeiro “CDF”!

O adesivo ainda está em fase de pré-confecção. Falta conseguir um cartunista. Logo, logo, o Otavio e o Toni vão encontrar alguém que fará um desenho legal. Vai ser bem bonitinho e com a indicação de que o contemplado fez mil quilômetros em um dia.

Custos

E quanto vai custar isso? Nada. O Otavio e o Toni não vivem disso. Em verdade, viajar de moto é mesmo uma forma de viver a vida, mas não é dessa vida que a gente está falando. Eles não pretendem ganhar nada com o Blog. Não vão por anúncios, nem nada parecido. E vão pagar dos próprios bolsos os adesivos para distribuir para os verdadeiros CDF’s das estradas. Basta comprovar que fez mil quilômetros em um dia e o cara receberá o adesivo. Aí, se der certo e um número suficiente de motociclistas gostar da idéia, quem sabe um dia a gente não faz uma reunião para contar as histórias de viagens de cada um. Ah! Sobre contar histórias, o Otavio e o Toni pretendem contar as das viagens deles. Começando pela de Ushuaia, que se inicia daqui a uma semana. E abrirão espaço pra quem quiser contar as suas também.

É isso. Abreijos a todos (abraços e beijos, como o Otávio costuma dizer).

P.S.

O Otavio e o Toni também só receberão os adesivos quando fizerem mil quilômetros em um dia. Talvez na viagem para Ushuaia dê para ganhar o adesivo