terça-feira, 18 de janeiro de 2011

MAIS ASUNCION

O shopping Del Sol, em frente ao Ibis onde ficamos, é bonitinho, mas não é muito grande. É o melhor da cidade. Para quem é de Campinas, tem mais ou menos o mesmo tamanho que o Galleria.
No shopping havia um improvável restaurante com aparência fina, mas nada demais. Eu e a Ju, para celebrarmos o final de viagem sem incidentes naquela chuva toda, optamos por jantar ali às oito da noite, quando abriu. O pessoal acabou por comer antes, na praça de alimentação, por causa da fome.
Surpreendentemente, os pratos eram bem elaborados, bem apresentados e a comida saborosa. Ainda como celebração pelo final feliz da viagem difícil, tomamos um espumante Chandon, da Argentina. Nada muito caro, mas nem um pouco barato para os padrões locais, como pudemos constatar depois.
Depois disso, cama!
No dia seguinte – hoje, 18 de janeiro –, resolvemos dar uma volta pelo centro da cidade. E confirmamos que não há nada para se fazer por aqui. Asuncion é uma cidade grande – cerca de um milhão de habitantes – sem maiores atrativos.
Prédios públicos, uma catedral sem nenhuma beleza arquitetônica especial e muito mal conservada externamente (toda suja de excrementos de pombos, apesar de o presidente ser um Bispo...). Algumas praças – uma delas totalmente ocupada por índios em barracas feitas com plásticos pretos. Muitas lojas e alguns restaurantes não inspiradores. Um centro comercial com diversos andares, de aparência igual àqueles que são encontrados na Santa Efigênia, em São Paulo. Um panteão em homenagem aos soldados paraguaios. E só.
Como se não bastasse, um calor estúpido que nos fazia entrar constantemente nas “tiendas” mais diversas, só para baixar um pouco a temperatura corpórea. Para piorar, em lugar nenhum encontramos água. Todo tipo de refrigerante e “gaseosas” diversas, mas água não.
É, meus amigos! Estive em Asuncion há mais de trinta anos e não percebi a ocorrência de mudanças significativas na cidade, do que me lembro. Até o prédio do Hotel Guarany – construção no centro da cidade, com um ângulo afilado em uma das laterais, que já serviu de estampa no passado para uma das notas do dinheiro local – continua o mesmo.
Também os ônibus do transporte público são os mesmos – ao menos, são muito parecidos. Uns Mercedes antigos, daqueles com capô na frente – como os caminhões. Parecem jardineiras. Cruzam a cidade o mais veloz que podem, apinhados de gente.
Sobre a cidade, nada mais para se dizer. Então, voltemos à viagem.
Amanhã, retornaremos ao Brasil. Estou até entusiasmado. A saudade de casa – e do país – começa a bater.
Iremos de Asuncion a Ciudad Del Este, a segunda mais importante do país, junto a Foz do Iguaçu, na fronteira com o Brasil. Daqui lá são mais ou menos trezentos e vinte km. Segundo consta, algo entre cento e vinte e duzentos km de pista dupla. A variação se deve às informações desencontradas que os locais nos prestaram.
O Zé e o Otávio vão parar em Ciudad Del Este para visitar um amigo deste que os espera para almoço. Depois, suponho, vão dar uma olhada no comércio da cidade.
Será o fim da viagem juntos, porque eu e a Ju seguiremos direto, uma vez que temos compromissos no Brasil. Sábado, já viajaremos novamente, agora com a companhia da Analulu, de quem estamos morrendo de saudades!!!!!
É claro que posteriormente contarei sobre o último trecho: o do Brasil.
Abraços e beijos a todos. Se houver fotos – não sei se las hay – a Ju fará as postagens. Toni.
P.S. A Ju percebeu algo muito interessante no jeito que os paraguaios falam. É um castelhano com uns “erres” bem marcados, tipo Piracicaba. Uma garota em uma tienda nos disse que tomava muito tererê porque o calor era muito fuerrrrrrrrrrrrrrrrrrrte!!!
Ah! O tererê é uma espécie de mate que eles tomam frio.
Tchau.

2 comentários:

  1. Olá, amigos, espetacular sua viagem e os relatos, parabéns.
    Tomei a liberdade de publicar um artigo sobre sua viagem. Espero que não se importem.

    http://www.viagemdemoto.com/2011/01/viagem-de-moto-ao-salar-de-uyuni.html

    Abraços

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  2. Olá Amigo!! Adoramos o artigo!! Muito emocionante é perceber que conseguimos transmitir um pouco de tudo que sentimos!
    Abraço
    Juliana e Toni

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