domingo, 2 de janeiro de 2011

O PRIMEIRO TRECHO - TANQUE, LOCOMOTIVA, LAGARTO, VIADUTO E BURGMAN

Dois de janeiro de 2011. Dia zero da contagem regressiva. Começou a viagem para o Atacama.
A saída estava prevista para as cinco da manhã. Como os preparativos só terminaram por volta de uma e meia, não deu para sair no horário. Além do sono, estava escuro e chovia. Melhor não começar mal.
Mais uma dormidinha e saímos, eu e a Ju, pouco antes das nove, rumo a Londrina.

Saímos com chuva e com chuva ficamos os primeiros cento e noventa km – pouco menos de duas horas de tocada –, até o Posto Road Star, na Castelo Branco. O caminho foi: saída de Barão Geraldo, D. Pedro até a Anhanguera, depois Bandeirantes até a Santos Dumont (estrada para Viracopos que liga Campinas a Sorocaba), depois a Castelo propriamente dita.
No Road Star – acho que o maior posto da America do Sul – foi lanche, abastecimento, colagem do adesivo do blog no vidro destinado aos clubes de motociclistas, foto junto com um tanque de guerra (é isso mesmo, um tanque de guerra! Coisa mais trash, impossível...).
Depois, mais cento e quarenta km – cerca de uma hora e meia de tocada – e paramos novamente, no Estação Café, proximidades de Santa Cruz do Rio Pardo, já terminada a Castelo.
Depois do tanque, uma locomotiva a vapor. De verdade, que anda dentro do posto uns trezentos metros. Vai e vem... Vai e vem... A criançada fica louca. Eu também. Andei muito de locomotiva a vapor na minha infância. Ia visitar o meu avô em Sodrélia. De Santa Cruz a Sodrélia. Até que desfizeram o ramal. Doce recordação.

Bom, no Estação Café, novo adesivo do CDFMOTOBLOG. Aí um café e um Red-bull, porque eu estava com sono. Depois mais estrada. Perna final. Ourinhos, Assis, fronteira com o Paraná e Londrina. Os restantes 230 km. Total de 560 km.
A estrada de Santa Cruz do Rio Pardo a Assis está toda duplicada e bem asfaltada. Um passeio. Até Ourinhos é a SP 327. De Ourinhos a Assis é a SP 270.
Há dois pedágios e estão cobrando das motos. Menos mal é que a gente passa pela direita, no local onde liberam os carros oficiais. Ali há um funcionário para cobrar e abrir uma pequena cancela. Muito melhor do que parar nas cabinas normais, cheias de óleo no chão e com um motorista babaca atrás, fungando no seu cangote – porque ele não tem que tirar a luva, né?
Há um projeto de lei no Congresso Nacional, justamente para que o pedágio da moto seja exclusivo. É do meu amigo, o Deputado Carlos Sampaio, cujo esboço foi feito por outro amigo, um motociclista de primeira: O Silvião Crocci – presidente do Moto Clube Alphaville Campinas, que está acompanhando a nossa viagem e que ficou morto de inveja. Palavras dele.
O pedágio é baratinho – R$ 1,10. Diferente do Paraná. Na rodovia Miguel Jubran (PR 323), de pista simples – com faixa de apoio de tanto em tanto –, a concessionária tem a coragem de cobrar pedágio de R$ 5,30 para moto! E COBRAM na cabina cheia de óleo – com risco de queda evidente! Fala sério! O pessoal fica p... da vida com esses pedágios que só revertem para a concessionária, mas não para o usuário. Com razão.
Chegamos às 15:50hs. Sete horas de viagem. Boa e tranqüila tocada. Até deu para lavar as roupas na máquina da casa do Otávio e da Inha. Um luxo que não teremos daqui para frente.
A bunda reclamou um pouco. Vim como aqueles lagartos do deserto que ficam, de tempos em tempos, mudando as patas de apoio, para não queimarem os pés. Como o da foto que abre o post. Eu apoiei em meia bunda – mais do lado esquerdo. Mais dois dias de viagem, acostumo.

Ah! Foi interessante passar no viaduto novo da Castelo Branco. Rodei por aquela estrada a minha vida inteira, desde a inauguração, e no trecho próximo a Botucatu a pista desviava para o único viaduto existente no local. Ao lado estavam as obras iniciadas do outro que só agora foi concluído, pela concessionária.




O Poder Público, enquanto esteve com a estrada nas mãos, preferiu deixar apodrecer ao longo dos anos as ferragens do viaduto que iniciou, mas nunca concluiu. Mais de quarenta anos. Santa incompetência, Bátima!
Outro ah! Ao chegar em Londrina, dei uma volta de Burgman com o Otávio. Totalmente diferente! A Ju também andou. Tocada super intuitiva, mas as rodinhas causam certa insegurança. Agora, o conforto é dez! Bancão largo e macio.

Seguem as fotos. Da saída de Campinas, do tanque, do viaduto (emprestada), da locomotiva (idem), do lagarto (idem) e da Burgman. Abreijos. Amanhã (ou depois) tem mais.
Toni.

5 comentários:

  1. Caros e amados primos ,ficamos muito felizes de passar mais um ano com vcs,e agora vamos pegar uma carona na mais nova aventura. Estamos torcendo para que essa viagem seja um sucesso. Estamos chegando agora de Monte Verde depois de quase 6HS de viagem com muita chuva e muiiitoooo transito Mas valeu pelo ano novo.
    Amamos muito vcs tenham uma otima viagem Vão e voltem com DEUS.
    ABEJOS A TODOS .....
    neto,ana,lucas,mari e ju

    ResponderExcluir
  2. Prezados AM Ju/ Otavio Inha,

    Primeiro dia, já foi um teste e tanto, "muita chuva". Motociclismo é assim mesmo, vencer as adversidades a cada momento. Um pouco de cautela com chuva é necessário. Estaremos acompanhando pelo Blog sua viagem, COM MUITA INVEJAAAAAAA!, mais torcendo muito por vcs para outra bela viagem.

    Abç

    Silvio Crotti

    ResponderExcluir
  3. Marião JU, Otavio e Inha,

    Muito boa viagem pra vcs. Começar o ano dessa forma é maravilhoso. Boa viagem.

    ResponderExcluir
  4. dear Otavio, Inha & frineds,
    I'm thrilled to read all about your trip
    have a wonderful time and happy 2011!
    lots of love,
    Stephanie

    ResponderExcluir
  5. OIEEE!!! Nao deu para ver a SAIDA, mas estaremos acompanhando, uma OTIMA viagem a vcs, nao consego imaginar a Ju sem secador de cabelos... mas nada como ' VIver e APRENDER' !!!HAHAHAHAHHA!!!! Beijo GRANDE!!! Ro Frascareli.

    ResponderExcluir