segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

FINAL DA VIAGEM - 1ª parte - Da Fronteira (São Borja) até Ijuí - postado por Toni


Hoje é segunda-feira, dia 25 de janeiro. Eu e a Ju chegamos ontem, domingo, depois de dois trechos bem cansativos, rodados no Brasil. O primeiro deles foi de Ijuí até Curitiba, percorrido no sábado. O segundo - o trecho final - foi de Curitiba até em casa - para quem não sabe, Campinas, interior do Estado de São Paulo. Ainda, houve o trecho de sexta-feira que não foi mencionado. Da fronteira em São Borja até Ijuí. Neste relato tripartido, a primeira parte diz respeito ao referido trecho. Como já escrevi anteriormente, chegamos às cinco da tarde (horário de verão do Brasil - a Argentina, ao que consta, não adota o horário de verão) de sexta-feira no escritório conjunto da fronteira Brasil-Argentina em São Borja - Santo Tomé. Escritório modelo. Tudo muito mais fácil. Eu não passei por Uruguaiana e o Otávio poderá dar detalhes a respeito dos trâmites burocráticos e do movimento de lá. Não obstante, acho que não pode ser melhor do que São Borja. Para quem for viajar para a Argentina por terra, recomendo entrar no país por São Borja. O viajante apenas deverá verificar se o dia não é o de troca das locações praianas de Santa Catarina. Porque se for, a aduana fica cheia de argentinos que estão chegando e que estão partindo - segundo informação dos funcionários brasileiros - e aís os trâmites demoram mais tempo. Os nossos procedimentos ocorreram em cinco minutos. E ainda tem serviços à disposição do viajante: câmbio de moeda, um caixa eletrônico do Banco do Brasil para quem precisar de reais (eu precisava...), banheiros limpos, lanchonete, enfim, tudo ótimo. Há mais. A pista do lado argentino - de Passo de Los Libres até Santo Tomé (que tem mais ou menos a mesma quilometragem da pista brasileira, de Uruguaiana até São Borja) está em ótimas condições, salvo por uma ou outra ondulação. Tem pequeno movimento de veículos - principalmente de caminhões - e a gasolina é mais barata e de melhor qualidade. Dá para "encher" a mão no acelerador da moto! Bom, entusiasmado por chegar ao meu Brasil brasileiro, pensei que daria para tocar de São Borja até Vacaria pela BR(ou RS - porque às vezes indicam como RS, às vezes como BR)285, onde pegaríamos a BR-116 que nos traria até São Paulo. Ledo e Ivo engano! Delírio de muitas horas de estrada e de euforia pelo reingresso no Brasil. Por primeiro, o asfalto piorou. Tornou-se bem abrasivo e passou a apresentar alguns buracos - inexistentes (ou quase) na Argentina. No mais, a pista já não era plana. Tinha descida e subida. E os caminhões descem o pé na descida e sobem "vagarinho, vagarinho" na subida. Resultado: ultrapassagens muito mais negociadas. Ainda há o problema das placas. Eu não me conformo com a pobreza das indicações no Brasil. Placas mal colocadas e com indicações péssimas. Parece que as autoridades locais inferem que quem anda por ali é dali mesmo e então não precisa saber qual a direção de Vacaria ou de Passo Fundo a partir de São Borja. Informação mail prestada é sinônimo de subdesenvolvimento. Uma pena! Então, como o GPS do telefone da Ju não estava funcionando direito, toca a usar o método mais comum para obtenção de direções no Brasil: perguntar. Logo que saí, como não havia indicação satisfatória do rumo que eu deveria tomar, parei para perguntar em um posto da polícia rodoviária federal. Fui secamente atendido (talvez porque nem tivesse tirado o capacete), mas o policial me informou que a estrada para Vacaria era aquela mesma. E completou: "Fica a seiscentos km daqui". Não esperava por isso. Quase seis da tarde e o destino planejado estava a seiscentos km. Isso depois da gente já ter rodado outros seiscentos. Minha previsão de hospedagem ficou bem mais modesta. Vou até Passo Fundo, Tchê! Mas não deu. Só deu para ir até Ijuí. Duzentos e quinze km. Chegamos à porta da cidade e um simpático gaúcho já veio conversar, perguntando se precisávamos de auxílio. Perguntei-lhe qual a distância até Carazinho e ele informou que eram mais cento e vinte km. E completou que Ijuí era bem maior e melhor do que Carazinho. Tinhamos rodado oitocentos e cinquenta km e continuar àquela hora não fazia o menor sentido. O gaucho ijuiense também nos indicou o hotel Vera Cruz. Assim, conhecemos Ijuí, no oeste gaúcho, e nos hospedamos no Vera Cruz. Hotelzão de dez andares, quartos meio antigos, mas grandes. Banho para espantar o cansaço e restaurante para matar a fome. Fomos até o restaurante que nos pareceu mais bonitinho e que concentrava todo o movimento da cidade. Aí, tomamos alguns chopes feitos na cidade e comemos um filé à parmegiana, exageradamente grande para duas pessoas - apesar de ser indicado para uma só. É a fartura do Rio Grande do Sul. Em Ijuí, chamou-nos a atenção o fato de os carros pararem nas faixas de pedestre - ao contrário do que ocorre em boa parte do restante do país. Bacana! No dia seguinte, como já escrevi, verificação do pneu. Fui até uma revenda da Honda e o Cidão, simpático mecânico que foi emprestado para a verificação, atestou que ele "guentava". "Só se pegar um prego ou um parafuso! Aí fura!" Boa afirmação. A foto maior é com o pessoal gentil da Honda de Ijuí a quem registramos - eu e a Ju - os nossos agradecimentos. A menor, no corpo do texto, com o Cidão.

A verificação do Cidão e a afirmação de que o pneu aguentava - como aguentou - permitiu que tocássemos com maior tranquilidade. Assim, por volta de dez horas, extremamente animados, saímos de Ijuí. Eu tinha a intenção de chegar em Registro. Mas evidentemente não deu. Mal chegamos à Curitiba. O motivo? No post seguinte.

Um comentário:

  1. Olá GALERA tudo certo, é o CAETANO de`Porto Alegre do JIPE PRATA um abração para vocês, muito legal o BLOG parabéns, favor mande o email para mandarmos as fotos que tiramos em Colonia do Sacramento no BUQUEBUS.

    obs: esse é o blog do meu filho....

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